Seção Contos de Terror: O velho

 


Em uma cidade havia uma mulher chamada Fabiana. Ela tinha 23 anos, e estava estressada por conta do seu trabalho (mais especificamente, seu chefe, que lhe pedia coisas que não estavam ligadas ao seu ofício). Uma noite, assim que Fabiana saiu do trabalho, resolveu dar uma caminhada normalmente, até que um folheto de uma viagem de barco voou e parou em seus pés e ali viu a oportunidade perfeita pra relaxar. Na manhã seguinte, ela resolveu conferir se o panfleto era verdadeiro, indo até o endereço que estava no mesmo. Chegando lá, deu de cara com um velho que estava sentado em uma cadeira perto de um barco. Ela perguntou sobre o anúncio, e então o velho disse que ela tinha acabado de ganhar uma viagem de barco, Fabiana ficou muito feliz. Assim que chegou em casa, ela arrumou suas malas e foi dormir. No dia seguinte, acordou, olhou para a janela em frente a sua cama e viu que o tempo estava nublado, mas mesmo assim ela foi a viagem. Já dentro do barco, começou a chover, o tempo foi passando e a chuva foi aumentando. Logo, ela percebeu que a chuva se tornou uma tempestade, e começou a ficar preocupada. Então, decidiu verificar se estava tudo bem na cabine, ela chamou uma, duas, três vezes, mas ninguém respondia, ela abriu a porta, e quando o velho se virou, seu rosto estava cheio de pequenos buracos e larvas rastejando entre eles. Fabiana deu um pulo para trás com o susto. O velho agarrou seu braço, mas ela o puxou fortemente na mesma hora, e correu para o convés. Pulou no mar e nadou até encontar terra firme. Ela chegou a um lugar que parecia uma cidade abandonada. Ao procurar um abrigo para se esconder da tempestade, viu logo adiante um ônibus, também abandonado. Entrou pela porta do fundo e se sentou em uma das cadeiras. Percebendo que o ônibus estava se movimentando, ela entrou em desespero e correu para a frente do mesmo, encontrando lá o velho do barco, que ao vê-la, tentou a atacar novamente. Fabiana pulou do ônibus em movimento e correu pro primeiro prédio que viu em sua frente. Quando entrou, viu o elevador e apertou qualquer botão (10° andar). Quando o elevador ia chegar no 8° andar, as luzes piscaram e se apagaram. Após alguns segundos, o elevador parou e despencou, tudo ficou escuro. Abrindo os olhos, Fabiana percebeu que estava de volta ao seu quarto, e que nunca havia nem saído de lá. Era tudo um pesadelo. Com o corpo completamente pálido e suando, respirou aliviada, pois tudo não passava de uma das artimanhas de sua própria mente. Até que sentiu um incômodo em sua perna, puxou o lençol e ao olhar o "incômodo", arregalou os olhos, era o velho do barco, que a atacou também no ônibus. A única coisa que ela conseguiu fazer foi dar um berro que ecoou por todo seu apartamento. Assim que o velho agarrou e puxou o seu pé Fabiana lhe deu um chute, movida pelo desespero abriu a porta do seu quarto tremendo e logo que olhou para fora não acreditava no que estava vendo, o seu apartamento não estava mais lá, o que tinha era um longo corredor escuro com uma pequena luz no final. Com o velho se levantando Fabiana correu desesperada para a pequena luz do corredor. Chegando lá estava um silêncio totalmente agonizante, mas logo ela começou a ouvir a badalada de um relógio cada vez mais perto, "tic tac tic tac tic tac tic" mas logo o barulho parou, suspirando aliviada ela olhou para a porta em sua frente e abriu, mas o que viu não era de se esperar, o seu chefe estava morto, ensanguentado, com todas as suas partes do corpo jogadas para cada canto da sala. Ao sair de lá, Fabiana correu desesperada pelos corredores só vendo um ponto de luz. Quando de repente começou a ouvir uns barulhos ainda não indentificados. Com o susto ela se abaixa desesperada e se esconde em uma das portas dos corredores, os barulhos ficavam cada vez mais altos e Fabiana está com medo de ser encontrada pelo velho. Até que ele à encontra, dava para ver a  angústia dela de longe. Depois de 15 minutos os barulhos se cessaram e ela saiu daquele quarto escuro, andando para o lado de fora, viu as marcas de sangue na parede e depois conseguiu identificar que os barulhos eram tiros, tentando se esconder do velho que ainda a perseguia, começou a ver vultos passando de um lado para o outro, angustiada pelo que estava vendo, se escondeu entre as árvores, quando de repente sentiu uma mão tocando o seu ombro e paralisou. O velho estava tocando em Fabiana, com o coração acelerado e o corpo tremendo, ela tomou coragem, olhou de canto e rapidamente se afastou, indo para perto do corpo e pela primeira fez falou com ele:   - Quem é você? E por que está me seguindo? Ele não respondeu e ficou à encarando, na hora do nervosismo deu passos trêmulos para trás e acabou chutando uma coisa no chão, percebeu que era uma arma. Olhou para o velho na sua frente e viu que ele também olhava para a arma. Fabiana se abaixou rapidamente, pegou a arma, levantou e apontou para ele. O mesmo tentou fugir, mas ela atirou, atingindo sua perna. O velho caiu no chão e saiu se arrastando, deixando um rastro de sangue no chão. Procurou por onde fugir, mas antes que Fabiana pudesse dar mais de dois passos, três pessoas com rostos iguais ao do velho andaram vagarosamente em sua direção. Seu coração "pulou" do peito e bateu mais forte do que já estava, chegando a errar as batidas. Os mesmos tentaram se aproximar e perguntaram o que estava acontecendo em um tom preocupado, mas mesmo assim, assustador, e ela responde: - Estou tentando voltar pra casa! Eles se aproximam mais e tentam pegar sua arma, ela se sente pressionada e foge desesperadamente. Quando consegue despistá-los, encosta numa árvore e se senta. Tremendo, ela olha para a arma e consumida pelo medo, querendo acabar com tudo aquilo, aponta-a para a  própria cabeça. Fabiana sem pensar duas vezes, atira, deixando assim ela cair no chão. Em menos de um segundo viu toda sua vida passar diante de seus olhos. As alegrias, tristezas, medos... Você pode pensar que naquele momento Fabiana estava sofrendo pelo ferimento da bala, mais não, ela não estava sentindo dor, mas sim um grande alívio, como se tudo que viveu e sentiu tivesse sumindo de sua mente, ela fechou seus olhos e uma lágrima escorreu pelo seu rosto, marcando o fim da vida daquela jovem mulher.

Estória escrita pelos alunos de 9º ano da Escola Adonai em Salvador: Ádria, Ana Clara, Ana Beatriz, Cibele, Estefane e Núbia. Todos os direitos autorais pertencem ao blog, seus escritores e os autores da obra.

Comentários

  1. Espero que os leitores gostem no nosso primeiro conto de terror escrito em grupo👏👏

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