Cada sociedade possui um código de conduta que caracteriza os princípios e ações de uma pessoa dentro de uma comunidade, sendo essas normas de convivência os parâmetros para determinar o bom e o mau indivíduo.
Se
um ente não estiver condizente com a moral, este será tido como “marginal” –
por suas atitudes serem consideradas incorretas – em contrapartida, se houver
uma harmonia, este mesmo ser agirá de boa fé, segundo os conceitos morais de onde
ele estiver inserido.
O
exercício pessoal da ação moral contribui para o bem estar social mas abre
algumas diferentes perspectivas sobre o intelecto humano. Dentre as quais, a
liberdade. Eis a dúvida: O homem que decide agir segundo a moral decide
livremente ou sob alguma influência? Levando em consideração que ao nascermos
já estamos dentro de uma construção moral e que presenciamos a aversão ao
moralmente incorreto, somos livres para exercer a moral à nosso bel-prazer ou
somos induzidos pela censura social ao comportamento contrário?
Muitos
afirmam que a liberdade é a base da moralidade. Isso implica dizer que só há
ação moral quando o indivíduo pensa acerca de tal ação e decide por sua própria
vontade realiza-la. “Isto é o correto a ser feito, logo, farei”. Esta afirmação
mostra que houve uma reflexão sobre determinado assunto, e consequentemente uma
decisão.
O “correto” pode variar de acordo com a sociedade, o que possivelmente deva nos fazer chegar a conclusão através de teorias (no seu sentido pejorativo) e conhecimentos populares. O fato de decidir fazer algo que acha correto ainda não demonstra liberdade por um único motivo, que vou expor em forma de pergunta: “Há liberdade no meu querer?” Como disse anteriormente ao nascermos já encontramos um mundo com uma moralidade específica, o que nos mostra que nosso conhecimento sobre determinada ação moral pode e certamente vai conter influência de outros. A questão é que o querer conversa com o conhecimento, e este pode manipulá-lo indiretamente.
O “correto” pode variar de acordo com a sociedade, o que possivelmente deva nos fazer chegar a conclusão através de teorias (no seu sentido pejorativo) e conhecimentos populares. O fato de decidir fazer algo que acha correto ainda não demonstra liberdade por um único motivo, que vou expor em forma de pergunta: “Há liberdade no meu querer?” Como disse anteriormente ao nascermos já encontramos um mundo com uma moralidade específica, o que nos mostra que nosso conhecimento sobre determinada ação moral pode e certamente vai conter influência de outros. A questão é que o querer conversa com o conhecimento, e este pode manipulá-lo indiretamente.
Há
casos em que absorvemos informações imparciais e fazemos delas bases para
nossos princípios o que causará relatividade em seus efeitos, não somente de
uma sociedade à outra como de um indivíduo ao outro. Se o querer está
estritamente ligado com a decisão (moral), com tudo isso, quero dizer que o
querer pode ser condicionado por outros fatores. Ou seja, o motivo pelo qual
quero ou não quero realizar uma ação, pode ser intencionado pela sociedade
através de críticas ao inaceitável e elogios ao aceitável. Suponho que seja
causalidade.
Contudo,
há uma forma de escapar disso pressupondo liberdade de querer. Kant já dizia:
“Age de modo que a tua ação possa se tornar uma lei universal”. O idealizador
do Imperativo Categórico prega que devemos agir de forma que nossos princípios
sejam benefícios se caso todos optassem segui-los; que façamos a coisa que se todos fizerem, sem exceção, seria algo bom para todos. Isso resolveria, primeiro, os resultados das
ações que podem ser relativos. Universalizando estes princípios, partiríamos
para um querer livre de influências associadas à noção de bom ou mau elemento, já
que seria necessário o uso do raciocínio para concluir algo que fosse bom para
todos, o que mudaria o motivo que induz o querer considerando que este venha
após a definição do princípio.
"Somos todos iguais perante o dever moral" (Kant) - A produção do próprio conhecimento através do uso do raciocínio para que se chegue a um resultado próximo à verdade sobre a moral, como diria Sartre, traria ao indivíduo total responsabilidade sobre seus atos, visto que o querer dá-se por meio da razão em cada indivíduo.
"Somos todos iguais perante o dever moral" (Kant) - A produção do próprio conhecimento através do uso do raciocínio para que se chegue a um resultado próximo à verdade sobre a moral, como diria Sartre, traria ao indivíduo total responsabilidade sobre seus atos, visto que o querer dá-se por meio da razão em cada indivíduo.
- Thiago Sena
Referências
https://www.infoescola.com/filosofia/imperativo-categorico/
Livre-Arbítrio - Arthur Schopenhauer
Parabéns pelo excelente trabalho Thiago. Mostra claramente o quanto você se dedicou. Que no futuro você possa colher só frutos bons destas sementes que foram plantadas. Você me surpreendeu com o seu talento. Parabéns pelo seu belíssimo trabalho querido. Continue sempre dedicado que todas as portas se abrirão para você.
ResponderExcluirMuito obrigado pelo apoio professor, suas aulas tem ajudado bastante e continuarão.
ExcluirOlá, como um dos autores deste blog e amigo, fico orgulhoso de como seu texto está rico e filosoficamente bem estruturado.
ResponderExcluirMuito obrigado, seu apoio é essencial.
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