Resultado da hiperdisciplinarização na vida do universitário e profissionais da educação

Desde que o ser humano nasce ele é educado por alguém de acordo aos preceitos da sua cultura, dependendo das condições do seu ambiente, que vai influenciar no modo em que este individuo vê o mundo além de determinar os princípios pelos quais irá viver. o ambiente é uma das coisas mais importantes na educação de uma criança.
É comum termos algo para comparar com o bom e o ruim, à exemplo de que o certo é bom e o errado é ruim, porém há quem diga que o errado é construção de aprendizado. Exemplificando, podemos destacar a educação das crianças do Estado Islâmico, estas são ensinadas desde a tenra idade os principais preceitos extremistas de guerra contra os inimigos de Alá e aprendem a manusear armas,  tal modelo educacional e objetivo é repudiado pelo Ocidente, exatamente por contrapor nosso modelo civilizacional. Dentro do do quesito aqui analisado, geralmente temos a disciplina como o certo, porém um individuo hiperdisciplinarizado  não consegue ser autônomo, este é um dos maiores problemas da educação pública brasileira, que forma indivíduos que não consegue pensar por si, e são inseguros em relação a formar Princípios.
No Brasil a educação é disciplinar e imediata, aprende-se a separar o inseparável com o objetivo de aprender os conteúdos mais rápido, isso não tem dado certo, pois muito se fala da má qualidade de educação do país; imagina se o prof de matemática entra na sala falando de linguagem. geralmente a primeira coisa que vem na cabeça dos alunos é: "o que tem haver matemática com português?" sem saber que a matemática é um tipo de linguagem universal e que pra entende-la precisa aprender a ler seus símbolos.
É comum também aprender também a culpar o outro pelo fracasso próprio, se o aluno não vai bem na escola, a culpa é: do professor que tem um método que não é adequado, não ensina direito, dentre outras desculpas.
Jamais se assume que o motivo TAMBÉM é a falta de curiosidade ou de esforço próprio , de oportunidade, de colocar o estudo entre as prioridades, entre outros; se preciso for trabalhar, que haja esforço para adquirir conhecimentos e melhorar o cognitivo de forma útil; existem bastante fatores que contribui atrapalhar o estudo, porém o principal responsável pela formação do discente, é o próprio discente, isso não significa que os professores não tenham que se dedicar à sua profissão, muito pelo contrario, a partir daí que se deve dobrar o compromisso com os alunos e estimular para que ele queiram contribuir com o mundo em que vive.






O texto abaixo foi escrito por cinco estudantes de pedagogia, falando sobre a disciplina.



“O que a disciplina fez e faz conosco e o que estamos fazendo com o que a disciplina fez e faz conosco.”

A palavra disciplina foi introduzida na educação escolar por causa da sua etimologia: advinda do grego e é a mesma da palavra discípulo, que significa aprender, por essa razão é que se usa a palavra disciplina para conceituar as matérias separadas por um grupo de conteúdos. Mas ao longo do tempo este conceito foi distorcido o que levou a um leque de conceitos e visões negativas da palavra.
Se faz importante pontuar os condicionamentos que fomos sujeitadas no decorrer da trajetória escolar, visto que, dentro do molde disciplinar, além da interrupção de um intercâmbio de saberes, temos a eleição de conhecimentos “mais válidos”. Ocorre que, devido a isso, silenciamos temáticas e alicerçados nos ditames conceituais da disciplina – que nos impõe obediência – seguimos, a risca, esses saberes eleitos. É fomentada, então, a alienação e visão única sobre os fatos que não permite que os sujeitos pensem acerca do que lhes é mediado; reafirmando, dessa forma a segmentação dos conteúdos e por conseguinte, do pensamento crítico individual.
           A disciplinarização mantém os alunos distantes do conteúdo que devia ser incorporado por eles como saber efetivo, pois os trata, também, como realidade abstrata. Exercícios de matemática e física, por exemplo, realizados tão somente em sua atmosfera teórica não dialogam com a vida dos educandos. A falta de visão e acomodação das pessoas surge a partir do momento em que estes não entendem a linguagem e a utilidade dos vários conteúdos ensinados e se decoram para “passar de ano”.
           Lista de presença, salas quadradas, cadeiras enfileiradas, o eterno pedido de “fique quieto”, “sente-se ali”, e “faça silêncio”, ter medo do professor, tirar notas altas e ser competitivo ao extremo, são resquícios de uma educação disciplinatória que fabrica alunos apáticos e acríticos e deixa rastros prejudiciais no que se refere ao processo de ensino-aprendizagem e para além disso, como por exemplo, a capacidade de moldar nossas subjetividades e normatizar nossas personalidades.
           A escolha pelo curso de Pedagogia foi o passo inicial em busca da liberdade que nos foi tirada por causa de conhecimentos que foram ocultados ao longo de nossa trajetória escolar. Atualmente, procuramos desconstruir preconceitos e reconstruir conceitos que foram fragmentados pela lógica disciplinatória. Deste modo, atualmente, procuramos visões diversas sobre as áreas de conhecimento, para que nos formemos melhores como pessoas e como profissionais. E, para que, assim, não repitamos os erros que foram cometidos conosco.

           Quando não há consciência tende-se a reprodução. É esta a finalidade da hiperdisciplina, tornar o conhecimento vendável para prestar serviço ao capitalismo e selecionar quem tem o direito de conhecer uma educação mais democrática e libertadora. Uma das funções deste tipo de “educação” é controlar os saberes e ser mantenedora das relações de poder e desigualdade existentes na sociedade.
Cleidiane Vitoria, Isadora Cruz, Marília Sena, Mayana Oliveira e Renata Rocha. Graduando em pedagogia - FACED/ UFBA


diante desse texto te convido a pensar sobre o que você esta fazendo com a disciplina que te deram?
breve falaremos da
 
a superação da hiperdisciplinarização. 

Comentários

  1. Dielson. Valeu pelo seu post lá no Oficina de Educação. Visitando seu blog! Abraços!

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